Os
professores sabem que a família tem papel determinante para o sucesso escolar
das crianças. Por esse motivo, inúmeras pesquisas são feitas para entender o
que falta na comunicação entre escola e a família buscando encontrar o
equilíbrio entre as duas partes. O grande problema é que tanto os pais quanto
os professores reclamam da falta de interesse nessa comunicação. Como relata a
pesquisa Anos Finais do Ensino Fundamental: Aproximando-se da Configuração
Atual, realizada pela Fundação Carlos Chagas (FCC).
A situação é
agravada quando falamos de alunos com bagagem cultural e familiar diferentes da
esperada pela escola. Existe dificuldade da parte dos professores em lidar com situações
adversas em um mesmo ambiente escolar. De acordo com Wanuza Aparecida,
secretária da Escola Estadual José Mendes Junior, as crianças que mais
apresentam baixo rendimento escolar, são as que vivem em ambientes
socioeconômicos mais vulneráveis. Nem sempre
é possível conciliar um ambiente favorável em casa para que o ensino escolar
seja continuado. Nesse caso, “muitos pais acreditam que ao colocar o aluno na escola, a mesma tem total
responsabilidade pela educação da criança. Não olham os cadernos, não
acompanham o aluno e quando a escola esgota seus recursos e chama a família ela
se recusa a comparecer ou se comparece é para ofender quem quer somente o bem
de seus filhos” reforça Wanuza.
Como resolver o problema?
O principal motivo dos conflitos entre a escola e a
família é a falta de comunicação. Os docentes, quase nunca, conhecem as famílias
de seus alunos. O primeiro passo para resolver esse problema é envolvê-los nos
projetos políticos pedagógicos da escola (PPP). Para poderem contribuir, os
pais devem conhecer as estratégias educacionais e o que a escola espera deles. “Outro ponto é que
quanto mais comprometida com o aluno, mais frequente à escola é a família e com
mais satisfação ela participa das reuniões ou comparece atendendo solicitação
da escola ou comparece por conta própria só pra saber como está o aluno” afirma
Wanuza.
Receber os pais à porta da escola é uma boa forma de
promover interação entre as partes e desenvolver uma relação de confiança. Uma
boa oportunidade também de relembrar datas importantes e eventualmente marcar reuniões
individuais. Além disso a Professora Irene Leite, funcionária da Umei Timbiras,
em Belo Horizonte, diz que em sua escola, os bilhetes aos pais são colados na
agenda das crianças. Usara os bilhetes para falar do dia do aluno e seus
avanços faz com que os pais estejam interados de todo acontecimento relevante
em sala de aula. “Quando não são
respondidos, é feito contato por telefone para que fique claro o interesse pelo
aluno. Dessa forma, mantemos um bom relacionamento.” Comenta Irene.
Ausência nem sempre é desinteresse
Encontros escolares são oportunidades que a família
tem de acompanhar o desempenho escolar dos folhos, bem como de conhecer e
participar das propostas para o ano letivo. Porém a ausência dos pais ou responsáveis
nessas reuniões nem sempre significa falta de interesse ou compromisso.
É dever do educador identificar o motivo da ausência e
tomar providencias para que os encontros aconteçam em horários que beneficiem a
todos. Uma opção é fazer uma enquete com o as famílias sobre os melhores
horários.
Resultado
Quando a escola busca meios de interação com a família
o retorno é sempre positivo. Rosirene de Paula é uma mãe que sempre teve uma
boa relação com as escolas em que sua filha estudava: Sempre participei da educação da minha filha comparecendo à
escola com certa frequência. Participava das reuniões de pais e também do
colegiado. Pra mim, os bilhetes enviados pela escola eram claros e
objetivos. Acho importante estar em
contato com os professores para saber em quais áreas minha filha tem mais
dificuldades para poder auxilia-la em casa. De acordo com ela, a escola sempre
procurou manter uma relação de confiança e demonstrou interesse no envolvimento
dos pais com os projetos escolares. “Alem de reuniões, acompanhei várias
premiações que a escola recebeu do governo por seu bom desempenho” Completa
Rosirene.
O Ensino de qualidade não se pode ser dividido. Ele extrapola
os limites da escola. A união entre pais, professores e alunos implicam em
resultados positivos na vida acadêmica da criança.
Bárbara Katherinne
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