“O gigante acordou”. Nas últimas semanas o governo,
e o próprio brasileiro, conheceram a força estrondosa do povo que foi às ruas para
esbravejar pela redução da tarifa do transporte público. A revolta que a princípio
tinha preço, acabou por ganhar outras proporções tornando notória a
insatisfação latente que rodeia a população.
Afinal, não há nada mais assustador acontecendo no Brasil que o avanço de propostas indecorosas, tantas vezes inconstitucionais, que colocam em xeque a democracia do país, somadas à nossa educação e saúde sucateadas, à impunidade dos outrora taxados de corruptos que hoje ainda ocupam cadeiras no Congresso Nacional. Isto sem mencionar o crescimento de fundamentalistas no mesmo.
Afinal, não há nada mais assustador acontecendo no Brasil que o avanço de propostas indecorosas, tantas vezes inconstitucionais, que colocam em xeque a democracia do país, somadas à nossa educação e saúde sucateadas, à impunidade dos outrora taxados de corruptos que hoje ainda ocupam cadeiras no Congresso Nacional. Isto sem mencionar o crescimento de fundamentalistas no mesmo.
Com toda esta mobilização, era de se esperar que as
pautas progressistas, tão esperadas e ameaçadas, fossem vir à tona. Porém, o
que se vê nas ruas é uma enxurrada de cartazes que atiram para todos os lados,
um festival de generalizações. Cartazes carregados de frases bonitas, de
efeito, porém vazias. Não significam nada na prática. Quando questionados
quanto ao que protestam, a resposta é quase unanime: “tudo! protestamos contra
tudo”. Tudo o que? Afinal, protestar contra tudo, basicamente, surte o mesmo
efeito que protestar contra nada.
Manifestantes generalizam causas do protesto. foto: Giselly Abdala |
Existem inúmeros problemas? Sim, é fato. A ideia é
focar em um por vez. A “coxinhização” do movimento pode se tornar mais perigosa
que a tropa de choque. Cada vez mais é possível
perceber demandas reacionárias ou superficiais que estão diluindo o protesto.
Manifestações devem ser pautadas. E agora, após o êxito
na redução das tarifas do transporte público, qual será exatamente a pauta dos
protestos? É preciso apresentar queixas concretas e reivindicações factíveis.
Se isto que estamos vivendo é realmente uma “Primavera”, é primavera de quê?
Giselly Abdala
Hoje fui a rua, com meu cartaz: "Corrupção é crime hediondo" ao meu lado tinha um figura com: "coxinha a R$ 3,00 é um absurdo". Hahaha, tenho a ligeira impressão de que protestos por aqui é desculpa para farra. Muita gente sorrindo para fotos... Mas ainda acredito na força dos protestos, e que iremos retomar o foco e fazer progresso.
ResponderExcluirMe espantei não ter visto cartazes do movimento legalizejah!
ResponderExcluir