Quinto grande ato contra o aumento das passagens

Manifestantes pedem por paz com flores nas mãos, cartazes e gritos de ordem: "sem violência!"

Mais de 200mil pessoas compareceram ao Quinto grande ato contra o aumento do preço da passagem

"Na juventude nós acreditamos" diz cartaz de jovem

Música "Até quando" do cantor Gabriel O Pensador estampa inúmeros cartazes na manifestação

"Não é só por 0,20 centavos". Manifestantes clamam por melhorias nos mais diversos setores públicos. Insatisfação com os gastos da copa é latente.

"Enquanto você assiste tv, nós mudamos o país por você"

"Levante por seus direitos" é mais uma forma de dizer que "o gigante acordou"

Luiz Alberto, pai de João Lucas, desculpa-se por não poder estar em casa com o filho. Ele quer ajudar a melhorar o país que, futuramente, estará nas mãos do pequeno


Giselly Abdala

Vaginismo atinge 5% das mulheres em todo o mundo


Estatísticas mundiais apontam que cerca de 5% das mulheres apresentam algum grau de vaginismo, que vai desde a dor durante o ato sexual até a completa impossibilidade da penetração. 



O vaginismo caracteriza-se pela dor constante durante a penetração sexual, quando a mulher involuntariamente contrai a musculatura do canal vaginal, impedindo a entrada do pênis. 

Dentre as causas do vaginismo, enquadram-se fatores educacionais, como uma criação repressiva e controladora; religiosos, em que sexo é considerado pecado, levando ao sentimento de culpa; e traumas causados por abusos sexuais, estupros e maus tratos que levam à hostilização da figura masculina. 

A mulher vagínica tem dificuldade não só para realizar atividade sexual, mas também para inserir absorvente interno e permitir exames ginecológicos, o que a insere em uma situação de risco. Sendo assim, o vaginismo é um transtorno que não deve ser desprezado pela mulher que o apresenta, visto que ele traz malefícios não só psicológicos, mas também pode ocasionar a não identificação de problemas físicos. 

“Tenho 3 anos de casada e ainda não consegui ser penetrada. Há dois anos descobri q se tratava de vaginismo, hj faço terapia pq quero engravidar mas ao mesmo tempo me sinto incapaz de engravidar pois nunca a relação sexual é completa.”

“Olá, tenho 41 anos e até hoje não venci o que acredito ser vaginismo. Não consigo ser penetrada de jeito nenhum, simplesmente o pênis não entra. Não tenho nenhuma lubrificação, o que faz com que as coisas ainda se tornem mais dificeis. Sou virgem até hoje. Acabei de sobrar em mais um relacionamento. Estou tão desencorajada e desanimada. Já cheguei a pensar até em suicidio. Sinceramente não acredito que possa vencer essa guerra.. Tenho medo, vergonha e sentimento de culpa em relação ao sexo.”

“Tenho 25 anos e acredito que tenha vaginismo, por mais que tente nada entra e sinto uma dor horrível. Hoje estou sozinha e não tenho nem coragem de olhar para um cara, só de pensar em ter que explicar entro em pânico, por causa disto não saio e nem paquero pois tenho muita vergonha.”

Os comentários acima citados foram retirados do blog vaginismotemfim.blogspot.com.br, escrito por Daniela Barros, 30 anos, ex-vagínica e que atualmente se dedica a ajudar mulheres que apresentam sintomas de vaginismo.

Fátima Protti, em seu livro “Vaginismo: quem cala nem sempre consente” mostra que a população feminina com vaginismo demora de cinco a dez anos para procurar ajuda profissional, enfrentando, durante todo esse período, grande sofrimento em razão de relacionamentos frustrados, solidão e angústia. Ao buscarem direcionamento médico, no entanto, essas mulheres não encontram uma assistência efetiva que traga solução para o seu problema, fato que agrava ainda mais o seu quadro psicossocial.

Visando acolher e tratar um número cada vez maior de mulheres que apresentam vaginismo, o núcleo de sexualidade feminina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), criou o CATVA – Centro de Atendimento ao Vaginismo, através do Projeto Afrodite. De acordo com os estudos realizados pelo núcleo, os diagnósticos de vaginismo subiram 80% de 2005 a 2010 e comprovam que a terapia sexual é eficaz em 90% dos casos. 

No CATVA, as pacientes são tratadas por uma equipe de ginecologistas, psicólogos e fisioterapeutas, que utilizam métodos de relaxamento e respiração, dissensibilização do períneo e controle dos músculos pélvicos.  A ginecologista responsável pelo trabalho, Carolina Carvalho Ambrogini, afirma que fatores como educação religiosa rígida ou controladorismo dos pais, assim como medo e desconhecimento do próprio corpo podem levar a relações sexuais traumáticas que levam ao desenvolvimento do vaginismo. Com isso, muitas mulheres se tornam depressivas e podem até pensar em suicídio. 

A solução para o vaginismo envolve tratamento psicoterápico focado na sexualidade. É aconselhável que o parceiro da paciente esteja presente durante as sessões para apoiá-la e aprender a lidar com o problema. Além da terapia, há exercícios sugeridos que ajudam a evolução da penetração, que começa a ocorrer aos poucos. Recomenda-se que a mulher vagínica procure um especialista para resolver esse transtorno. Afinal, sua saúde física e emocional poderá proporcionar uma vida sexual ativa e feliz. 

                                                                                                                                     Por Daniel Peres

FONTES:
http://vaginismotemfim.blogspot.com.br/
http://projetoafrodite.blogspot.com.br/

http://books.google.com.br/books?id=ye4GHnwJb9MC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false

Afinal, primavera de quê?


“O gigante acordou”. Nas últimas semanas o governo, e o próprio brasileiro, conheceram a força estrondosa do povo que foi às ruas para esbravejar pela redução da tarifa do transporte público. A revolta que a princípio tinha preço, acabou por ganhar outras proporções tornando notória a insatisfação latente que rodeia a população. 

Afinal, não há nada mais assustador acontecendo no Brasil que o avanço de propostas indecorosas, tantas vezes inconstitucionais, que colocam em xeque a democracia do país, somadas à nossa educação e saúde sucateadas, à impunidade dos outrora taxados de corruptos que hoje ainda ocupam cadeiras no Congresso Nacional. Isto sem mencionar o crescimento de fundamentalistas no mesmo.

Com toda esta mobilização, era de se esperar que as pautas progressistas, tão esperadas e ameaçadas, fossem vir à tona. Porém, o que se vê nas ruas é uma enxurrada de cartazes que atiram para todos os lados, um festival de generalizações. Cartazes carregados de frases bonitas, de efeito, porém vazias. Não significam nada na prática. Quando questionados quanto ao que protestam, a resposta é quase unanime: “tudo! protestamos contra tudo”. Tudo o que? Afinal, protestar contra tudo, basicamente, surte o mesmo efeito que protestar contra nada.

Manifestantes generalizam causas do protesto. foto: Giselly Abdala


Existem inúmeros problemas? Sim, é fato. A ideia é focar em um por vez. A “coxinhização” do movimento pode se tornar mais perigosa que a tropa de choque. Cada vez mais é possível perceber demandas reacionárias ou superficiais que estão diluindo o protesto.


Manifestações devem ser pautadas. E agora, após o êxito na redução das tarifas do transporte público, qual será exatamente a pauta dos protestos? É preciso apresentar queixas concretas e reivindicações factíveis. Se isto que estamos vivendo é realmente uma “Primavera”, é primavera de quê?
                                                                              
 Giselly Abdala