Consórcio de motos é um dos mais realizados |
Alguns fatores evidenciam esse aumento. Um deles é que o
consumidor, considerando os diversos aspectos da educação financeira, tem
planejando seu futuro com mais atenção, comparando os planos disponíveis no
mercado. Com isso, acaba aderindo ao consórcio, que pode ser de veículos ou
imóveis.
Sônia Maria Araújo, gerente de vendas de uma das
concessionárias de automóveis de Cosmópolis, explica que consórcio nada mais é
do que um grupo de pessoas onde todas se reúnem para adquirir um bem material.
“É uma forma de o cliente fazer uma poupança forçada, para que no futuro, ele
consiga fazer a troca do valor por um bem objeto”, conta.
O consórcio funciona através de lance e sorteio. Quando
entra no consórcio, o cliente adquire um número de cota e um grupo, onde ele
pode estar acompanhando via internet, no site do consórcio escolhido, se o
número dele foi sorteado ou não. Também existe a possibilidade de o cliente
fazer um lance, que funciona como uma proposta. Se a proposta for de alto
valor, ele tem mais chances de ser contemplado com antecedência.
Segundo o vendedor Marcos Vilela Rocha, de outra
concessionária da cidade, a vantagem do consórcio em relação ao financiamento é
que não tem juros, apenas uma taxa de administração. “No financiamento você vai
pagar juros de quase 100% do valor do bem. No consórcio tem apenas a taxa
administrativa, de 20%”, destaca.
A bancária Meire Mendes entrou em um grupo de consórcio em
agosto de 2010, com um total de 60 parcelas. Em outubro do mesmo ano, apenas
dois meses após o início do programa, ela foi contemplada por sorteio. “Tive
muita sorte de ser contemplada logo no início. Com isso, consegui comprar um
Volkswagen Fox”, conta.
De acordo com Sônia, quem pesquisa sabe que o consórcio, em
questões financeiras, ainda é melhor do que o financiamento. “Mas caso a pessoa
tenha necessidade urgente do bem, ela parte para um financiamento”, afirma.
Segundo a Abac, o aumento das adesões aos consórcios, entre
janeiro e março deste ano, foi puxado pela alta de 24% no setor de automóveis,
utilitários e camionetes. Também houve crescimento de 13,7% em consórcios de
caminhões, máquinas agrícolas e implementos. E de 2,2% nos de imóveis.
Daniel Moreno