O jogo milionário que virou esporte oficial, ainda é pouco conhecido no Brasil.












Foto: Internet
O reconhecimento do Poker como esporte oficial revela campeões. Na foto o Paranaense Alexandre Gomes.

Por Marcelo Dias

Considerado o jogo de cartas mais popular do mundo, o Poker na atualidade é reconhecido oficialmente como um esporte mental. Um dos percursores do esporte é o presidente da Federação Internacional de Poker, Anthony Holden, também um assíduo praticante do esporte, declara em entrevista ao UOL Esporte a importância dessa vitória para o mundo dos esportes: “Ao longo do tempo isto deve ajudar a libertar o Poker da excessiva interferência governamental e tantas outras restrições desnecessárias em todo o planeta”.

Vale lembrar que os Jogos Mundiais dos esportes mentais acontecem juntamente com as Olimpíadas e, dessa forma o Poker será apresentado sempre oficialmente nesses eventos como um esporte mental, podendo então ser popularizado mais facilmente. Para o norte-americano Doyle Brunson, considerado uma lenda viva do Poker, o reconhecimento como esporte mental marcará a história desta modalidade. “Acredito que a história vai mostrar que este foi um momento crucial para o pôquer. Ao redor do mundo, o jogo sempre enfrentou obstáculos e controle governamental, apesar de ser óbvio que são necessárias várias habilidades, para jogar, algo muito distante do que simplesmente tentar a sorte”, afirmou Brunson em entrevista a UOL Esporte.

A verdadeira extensão dessa conquista poderá ser conhecida melhor nas olímpiadas de 2016 aqui no Brasil, pois ainda é cedo dizer o que esse esporte representa para o mundo, já que a sua primeira aparição oficial como esporte foi na Olimpíada de Londres, em 2012. O Professor Miguel Reale Junior, Ex-ministro da Justiça, Ex-Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo e renomado jurista e professor de Direito Penal, afirma em parecer: “Poker, pela própria natureza do jogo, depende em grande parte da habilidade do jogador, razão pela qual não pode ser tido como jogo de azar”.

No Brasil, desde 2008 acontecem torneios oficiais de Poker. Um dos pioneiros é o jogador Felipe Mojave. A respeito dos torneios ele afirma: “Quanto pior a estrutura do torneio, mais light você tem que jogar. Não adianta, isso é uma regra que se você não leu em livro algum, sou eu que estou te passando. Você precisa adequar seus movimentos ao que o torneio oferece para ter um melhor desempenho”.

O mais importante desse esporte é que não precisa ir muito longe para poder praticá-lo. Basta ter alguns amigos e um bom baralho de cartas em mãos e pronto, para aprender á jogar é só começar. Mas, para competições de níveis mundiais como as que irão acontecer nas olimpíadas em 2016 e torneios milionários espalhados pelo mundo, quem tiver interesse em participar deve procurar profissionais da área para ensiná-lo, podendo vir a se tornar um grande vencedor. Como é o caso do paranaense Alexandre Gomes, um dos melhores jogadores da atualidade, considerado um astro do Poker no Brasil e no mundo.

Segundo ele, em entrevista exclusiva à revista Sportyard da Editora Tallinn, empresa brasileira com sede em Curitiba/PR, direcionada ao ramo da pratica esportiva: “No Poker, não existe o pensamento ‘cheguei ao topo e pronto”, ele alega também que é preciso ter consciência de que nem todo mundo vive do Poker, por isso estudou e se formou em Direito e atuou algum tempo na área jurídica. Mas ao mesmo tempo constituiu sua carreira esportiva ao longo de seus estudos e formação acadêmica, foi então que resolveu de vez largar a profissão de Direito e investiu em sua carreira esportiva como prioridade. “Comecei com os campeonatos baratos, com inscrições de dez dólares. Em um desses, cheguei a ganhar US$13 mil. Foi quando percebi que poderia ganhar dinheiro com isso” declara.

Tanto para aqueles que apreciam o Poker apenas como uma forma de distração e de encontrar os amigos, quanto para profissionais, que levam o jogo a sério e até vivem do esporte, o Poker é uma excelente opção para desenvolver habilidades mentais. Basta ter interesse e disposição para aprender.


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