Seriados policiais imitam a vida real


(foto: divulgação)

Além da ficção: lanterna forenss, luminol, microscópio balístico, seqüenciador de DNA - equipamentos comuns nas séries existem de verdade
 
Há 13 temporadas no ar, CSI: Crime Scene Investigation é uma das séries policiais de maior sucesso em todo o mundo. Nela, os personagens (policiais forenses) desvendam crimes complicados com a ajuda da ciência e tecnologia. luz negra, microscópios, exames de DNA, reconstituições computadorizadas de cenas de crime.

Mas o CSI não é o único programa que tem como pano de fuga a “ciência a serviço da polícia”. “Dexter”, seriado que leva o nome de seu personagem principal, Dexter Morgan (especialista em sangue que trabalha para a polícia de Miami), também faz uso dessas ferramentas. O perito utiliza técnicas forenses para encontrar assassinos que outros policiais não acham, porém, diferentemente do que acontece em CSI (onde após o caso ser desvendados os bandidos são presos), em Dexter os criminosos são assassinados pelo protagonista. Morgan é um serial killer “do bem”, só mata outros assassinos.

Deixando de lado o enredo desses seriados, uma das coisas mais legais nos episódios é o uso da ciência para solucionar os casos. Cada detalhe, evidência ou fragmentos deixados pelos criminosos revela um mar de informações que, quando reunidos, denunciam o/ou os culpados.

(Foto: divulgação)

E na vida real, será que isso existe? Sim, acredite, pessoas como os personagens desses seriados existem, e são os chamados peritos em criminalística - profissionais especializados em diversas áreas que analisam vestígios deixados nas cenas de crimes e, até mesmo, nas vítimas.

E o maior Instituto de Criminalística da América Latina fica na América Latina, a Polícia Científica do Estado de São Paulo, que conta com 3250 colaboradores e emite 1 milhão de laudos por ano.

Conforme explica Antonio Carlos Giaconi, chefe de perícia em um instituto de criminalística, sempre que há vestígios na cena do crime é necessária a presença de um perito criminal. Os policiais podem até suspeitar sobre quais foram as causas da morte, mas é esse profissional que dirá como tudo sucedeu.

“É o médico legista que revela como uma pessoa morreu. É a perícia que confirma a trajetória da bala ou se o sangue na faca é mesmo da vítima”, esclarece Giaconi.

Uma simples gota de sangue no local de um assassinato ou roubo pode dizer como tudo aconteceu. Uma impressão digital, um fio de cabelo. Pequenos pedaços de pele sob as unhas do cadáver de uma vítima mostram se houve luta e até mesmo o DNA do agressor, norteando o caminho das investigações da polícia convencional.

E como nos seriados, a Polícia Cientifica utiliza equipamentos especiais para analisar provas escondidas:

- A lanterna forense torna fluorescentes marcas de sangue, sêmen e saliva, deixados na cena do crime; 
- materiais biológicos também ficam visíveis quando borrifados com luminol, líquido que revela vestígios em locais que foram limpos; 
- Microscópio balístico, ajuda na hora comparar balas e estojos de armas.

Uma das mais famosas ferramentas é o Sequenciador de DNA. Ele identifica a partir de um banco de dados com precisão, a quem pertence o material biológico colhido na cena do crime, podendo revelar a identidade da vítima (quando desconhecida) ou apontar suspeitos.

Contudo, nem tudo é como na ficção. Resultados de examenes de DNA, por exemplo, em filmes e seriados levam apenas algumas horas para ficarem prontos, na vida real a análise leva até 15 dias para ser concluída.

Rafael Silva

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